Rowan De Raven

Friday, October 18, 2002
 
São 18h40 de uma sexta-feira que foi MUITO chata... vou embora... queria ir pra casa, encher a banheira de espuma, pegar uma taça de champagne, cortar os pulsos... ops! Não posso fazer isso!!!... esqueci que não tenho banheira em casa... lastimável... Bom, pelo menos é sexta-feira e eu estou indo pra casa agora... see ya pals!


 
Não consegui passar por aqui ontem, muuuito trabalho pra fazer! Não estou muito bem - que novidade! - porque tive outra briga com a minha 'dearest mom' anteontem à noite... estava contando pra ela mais uma das causas de adoção de animais de rua em que estou envolvida e ela, as usual, me interrompeu e disse que meu amor aos animais não é normal, que é obsessão, que eu estou ficando bitolada neste assunto... Peraí! Por que essa mulher age assim comigo?? Mesmo que nunca tivesse me dito com todas as letras - e disse! - eu teria certeza que ela não gosta de mim. Ok, ok, que não goste, mas pelo menos que me deixasse em paz!!! Que prazer mórbido é esse que ela sente em SEMPRE ridicularizar, menosprezar, o que é importante para mim?! Por que ela faz de tudo para tentar transformar minhas qualidades em defeitos?! E por que é que eu ainda deixo essa pessoa me botar tão pra baixo, heim?! Imagina só, chamar de "obsessão" a única coisa que realmente é verdadeira e faz sentido nessa p* da minha vida que é a minha luta pela proteção aos animais! Só porque ela não teve vida, eu não vou viver como ela gostaria de ter vivido... give me a break! :-(


Wednesday, October 16, 2002
 
O dia está tremendamente aborrecido, quente, e eu não tenho nada pra contar... então vou deixar aqui uma "prece" que minha amiguinha Day Freitas me passou hoje...

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera pode não ser assim tão alegre.
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas que mundo dá, eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo por mim.
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos.
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente constantes e perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo quantas e quão deliciosas são as tentações da vida.
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos.
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma.
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela, muitas vezes, me exigirá esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será rejeitado e até ridicularizado.
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR.


Tuesday, October 15, 2002
 
"Ser ou não ser... eis a questão! Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado adverso que é viver, sempre passível e calado, ou pegar em armas contra um mar de infortúnios opondo-lhes um fim? Morrer... dormir... nada mais... Imaginar que o sono põe fim aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que são a herança da carne. É este um fim a se desejar ardentemente. Morrer.. dormir... dormir... talvez sonhar... Sim, eis o espinho! O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, depois de libertos do tumulto da vida, nos põe suspensos entre viver e se calar. Eis o que deve deter-nos. Eis a consideração que nos traz a calamidade duma tão longa vida! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, a tirania do opressor, a insolência do orgulhoso, as dores do amor desprezado, as delongas da lei, a arrogância do poder, o desdém que o mérito paciente recebe dos indignos, quando podia buscar a própria quietude com um simples punhal? Que fardos levar-nos-ia
nesta vida cansada a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte – terra desconhecida de cuja fronteira nenhum viajante jamais regressou – que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? Será que tudo mesmo termina quando a vela se apaga ou apenas nos iludimos com histórias de carolas pias com deidades e seus reinos inatingíveis? Por que trazemos dentro de nós a marca do tédio que nos atraiçoa, que nos faz acreditar em lendas tão absurdas que deveriam morrer de rir do que por fim acreditar em tal plausibilidade? De todos faz covardes a consciência quando depomos o nosso eu diante do fim de nós mesmos. Desta arte, o natural frescor de nossa resolução definha perante a pálida luz do pensamento, e empreendimentos de grande porte e importância desviam a sua rota e perdem o nome de ação. Mas, silêncio! É chegada, então, a hora de partimos, de retornamos ao nosso primitivo estado em que estávamos antes de adentramos aqui. Em tuas orações, quando estiveres sozinha, recorda-te enfim de meus pecados, mesmo que seja apenas mais um entretenimento de teu tédio se é que ainda acredita em pecados. E se existe ainda alguma consciência".
Há mais de 500 anos, Shakespeare (através de Hamlet) já expressava as angústias e dúvidas que (ainda e sempre) sofremos nos tempos de hoje... a raça humana não muda mesmo...


Monday, October 14, 2002
 
Queria acreditar em alguma bobagem tipo: "o trabalho enobrece o homem" ou "o trabalho engrandece a alma"... quem pensou em frases assim nunca deve ter trabalhado, deve ter ficado por aí, zanzando livremente, filosofando a vida inteira e só!


 
"Tristeza não dá pé, dá galho. Alegria não dá galho, dá flor" - achei legal registrar aqui essa frase que um amigo, Edu Zanelato, passou pra mim agora, sobre meu estado de espirito de hoje... como eu disse pra ele, às vezes frases feitas são legais, expressam o que sentimos mas não encontramos como colocar em palavras nossas :-)


 
Back from lunch time... água de coco é um santo remédio: hidrata o corpo e esfria a cabeça... :-)
mas eu ainda estou meio inconformada com a falta de respeito e consideração de algumas pessoas que se dizem nossos amigos. C'est la vie, boba eu que penso que conheço as pessoas ou que elas podem mudar. Bom, podem, sempre dá pra ficar pior. Ok, ok, na segunda-feira meu lado "Lord Byron" fica mais exposto que nos outros dias. E a segunda-feira ainda corre pela metade...


 
De onde esse auto-intitulado ser "humano" tirou sua absurda fixação pelo próprio umbigo? Como essa criatura - que se julga superior às outras - pode ser tão egoísta??? Às vezes parece que são às segundas-feiras que se revela o pior lado das pessoas, que se despiram de suas máscaras no 'weekend'... elas voltarão a usá-las, ao longo da semana, sob um disfarce de civilidade... criaturas imbecis somos todos nós...


Sunday, October 13, 2002
 
I close my eyes, only for a moment and the moment's gone
All my dreams pass before my eyes in curiosity
Dust in the wind
All they are is dust in the wind
Same old song
Just a drop of water in an endless sea
All we do crumbles to the ground, though we refuse to see
Dust in the wind
All we are is dust in the wind

Don't hang on, nothing lasts forever but the earth and sky
It slips away and all your money won't another minute buy
Dust in the wind
All we are is dust in the wind
Dust in the wind
Everything is dust in the wind...

na verdade era só isso que eu estava com vontade de dizer hoje... talvez mais tarde pense em alguma outra coisa pra dizer, mas acho que vou encerrar o domingo assim...




 
... na verdade, é fim de domingo, não tenho nada pra contar... vou pensar, volto aqui depois... de madrugada, quando o silêncio me deixar mais alerta e meus sentidos despertarem... eu sou um bicho da noite...