Rowan De Raven

Saturday, August 07, 2004
 
2h47... até agora pouco eu estava na cozinha (outra sexta-feira patética) tomando run e coca light e fumando um cigarro atrás do outro (God, como eu queria algo melhor que nicotina!)... então, sem sono, resolvi vir pra Internet, a melhor companheira dos insones-solitários-abandonados-depressivos...

Um amigo me disse que devemos nos colocar no lugar dos nossos inimigos, dos que nos invejam e afins, sabe-se lá porquê eu fiz isso agora pouco... tentei entender a "motivação" de algumas pessoas que me fizeram mal, que me traíram, e... oh shit!... eu consegui! Maneira estranha de perdoar as pessoas. Felizmente, amanhã depois que o efeito do álcool passar, terei esquecido isso, o perdão. Quem disse que certas pessoas merecem ser perdoadas?!


Wednesday, August 04, 2004
 
02h22...

"IT IS NEVER TOO LATE TO BE WHAT YOU MIGHT HAVE BEEN" ou seja "NUNCA É TARDE PARA VOCÊ SER O QUE PODERIA TER SIDO". (George Eliot)

Será? I'd wish... bom, neste exatíssimo momento, depois de ter tomado dois calmantes diferentes e um comprimido para dormir - não é tudo a mesma coisa?! - eu até consigo achar que ainda vou chegar a ser a "EU" que deveria ter sido... Mas com certeza amanhã, se eu acordar (rs rs rs, nunca se sabe), vou voltar a achar que na verdade jamais chegarei a ser maior que o nada que sou hoje. Pathetic.

Os bagulhinhos estão começando a fazer efeito, mas ainda vou dar um giro pela NET, passar pelo Orkut, antes de me jogar na cama... good night!


Tuesday, August 03, 2004
 
02h14... eu ia colocar aqui um link para um artigo que um certo Marco Antonio Araújo escreveu na Revista da Folha domingo passado, dia 1º de agosto... mas só quem fosse assinante UOL poderia entrar no link... então, aqui vai o texto inteiro. É sempre bom ler algo escrito por um homem mas que faça tanto sentido para nós mulheres... bom, pelo menos pra mim caiu como uma luva!

"Logo assim, no primeiro encontro?"

Uma amiga minha, muito bem resolvida, saiu de uma festa com dois rapazes que acabara de conhecer. Depois de uma parada para um café a três, ela levou o mais gostosão deles para dormir no apartamento dela. Assim mesmo, na bucha. Mas ficou com o outro na cabeça e decidiu lhe telefonar. Nos dias seguintes, saíram para jantar, beber, conversar. E nada, só uns beijinhos bem mequetrefes. Até almoço de domingo rolou. Depois de muita luta e perseverança, quando o garotão já estava ficando irritado e se sentindo um completo babaca, o desenlace aconteceu. Animal. Estão juntos até hoje.

Testemunha auditiva dessa história, não pude deixar de me indignar com o óbvio. Quer dizer que para o gostosão sem futuro ela foi dando assim, de bandeja? E para o gente fina, boa companhia, papo legal, sobrou o teste de resistência e obstinação? Mas é claro: quando uma mulher se vê diante de um homem que considera apaixonante, ela só vai para a cama com ele depois de um longo e penoso ritual de acasalamento.

Transar ou não no primeiro encontro é um tema ontológico e existencial para as mulheres. Apesar de todas as conquistas femininas, ainda prevalece um manual inconsciente de etiqueta sexual que recomenda adiar ao máximo o que é essencial. Paradoxalmente, se o sexo acontece com facilidade é porque ele é acessório, descartável, sem importância. Faz sentido.

Não por acaso, o chamado galinha se dá bem e acumula suas conquistas efêmeras e rasteiras. As mocinhas sabem que se trata de um homem desprezível e superficial. Por isso mesmo, adequado para encaixes transitórios e sem perspectivas. Não está bom para ambas as partes?

Tomando a mim como universo estatístico, 100% das relações duradouras não começam pela cama. Sempre haverá exceções, casais que acordam entre lençóis e se descobrem apaixonados, apesar da pouca vergonha da noite anterior. Mas a praxe é construir uma ponte de admiração e confiança para unir os extremos do amor e do desejo.

Não há nenhum moralismo nesse raciocínio. Sexo e paixão são feitos de substâncias distintas, embora complementares. Quando se manifestam ao mesmo tempo, até o mais convicto pornógrafo sabe que é bem melhor. Pela sua natureza, o tesão é ávido e vem antes do amor. Mas este prevalece com suas manias. Uma delas é se imaginar imortal. Diante da eternidade, não há por que ter pressa.