Rowan De Raven |
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Saturday, October 16, 2004
02h19. Quinta-feira fiz um piercing na orelha. Não passa de outro brinco, mas não fiz outro furo normal nos lóbulos (onde já tinha cinco, três do lado esquerdo e dois do direito), furei bem no meio da orelha esquerda (não no "meio" da orelha, of course, na parte externa). Coloquei um brilhantinho. Queria uma coisa diferente, não aquele piercing normal, no alto da cartilagem, como todo mundo está colocando... Além de estar com vontade de fazer algo diferente - e ainda sem ter escolhido o desenho para uma segunda tattoo - eu queria mudar o número de brincos que usava. Segundo a Cabala, e outros estudos de numerologia que venho pesquisando, 5 não é muito bom ("El Karma. Marte. Guerra"). Primeiro pensei em fazer mais dois furos, mas descobri que 7 também não é positivo ("Guerras. Luchas. Expiación. Dolor. Amargura"). Optei por 6 ("Victoria. Buena Suerte"), exatamente o que estou precisando. O número 22 também é muitíssimo bom ("Triunfo. Todo sale bien. Poder. Fuerza. Buena suerte"), mas não teria orelha pra tanto furo :-) Gostei do meu piercingzinho. Sou meio chegada em "body art". Vai doer um pouco por alguns dias ainda, mas a minha cicatrização é boa, sempre foi, não está nem inflamado. E eu gostei mesmo, ficou discreto (dá pra ver mais quem me olha de lado que de frente) e charmosinho. Eu precisava de alguma coisa diferente. Porque, no mais, tudo continua na mesma, nem vale a pena escrever... Thursday, October 14, 2004
2h40. Nem todo o vinho da casa - e até que temos bastante - vai me ajudar a dormir, rolei duas horas na cama e vim pra cá... desde que saí do hospital segunda-feira (e não voltei mais) estou um lixo... não consigo ver a minha avó daquele jeito, não consigo, é desesperador demais... ela não fala, não demonstra mais nenhuma razão, mas a maneira como nos olha é a de alguém que sabe muito bem o que está acontecendo, uma alma prisioneira dentro de um corpo se acabando... até quando... não quero pensar!!! Sonhei com o Lew noite retrasada. Isso me deixou triste também, com saudades. Será que gatos precisam de oração??? Ou ele só veio nos fazer uma "visita", como fez nas semanas logo depois de ter morrido? E pensar que já fazem 8 meses. Saudades mesmo do meu gordão... Outro dia a Anne me pediu pra descrever o "Amor". Complicado? Talvez nem tanto. Pensando nisso - e sei lá porque pensando nisso AGORA - acho que amor é o que sobra quando a gente acorda de uma paixão, quando sobra alguma coisa boa, ou o que cresce da amizade. Não consigo acreditar (mais) em amor à primeira vista. Bom, saindo da teoria, eu não amo mesmo o Marco. Estou só apaixonadinha, mas cada vez menos, está "perdendo a graça" (lá vem meu lado mais cruel)... e o apoio dele tem sido importante nesse momento, nesse ano shit que estou tendo (cruel e egoísta). Não consigo mesmo ver um futuro pra gente. Preciso dar um jeito dele perceber isso, sem sofrer... Então, Dan, o que me fez escrever esses devaneios "E se..." foi justamente isso, e se EU tivesse feito outras escolhas (na maioria das situações descritas). Não estava pensando em destino, não. Só fiquei pensando que rumo(s) a minha vida teria tomado se eu tivesse feito qualquer outra escolha diferente das que fiz. Não dá pra voltar atrás e mudar, claro, mas acho que tomando total consciência disso - que muito do que acontece decorre só das nossas escolhas - a gente pensa melhor antes de pegar essa ou aquela estrada. Precisamos encontrar uma maneira de visualizar os possíveis resultados, tentar magoar menos as pessoas e a nós mesmos, e perder menos tempo. Ainda mais agora, né, que nunca mais teremos 20 anos de idade... Eu sempre achei que podia fazer a besteira que quisesse, juro que achava, que o tal destino consertaria tudo depois, que no final tudo seria como tivesse que ser. Of course it didn't work that way. As coisas são como são, não como teriam que ser. Não parece, assim em palavras, mas é uma grande diferença. Huge! Em "E o Vento Levou..." (livro e filme) tem um frase que diz "NÃO PERCA TEMPO, POIS É DELE QUE A VIDA É FEITA". Cresci com isso na cabeça (e escrito nos meus diários), mas infelizmente nunca levei a sério. O problema do tempo é que a gente sempre acha que tem mais do que realmente tem. Vou ler uns e-mails agora. Só ler, não estou com cabeça pra responder. Bye. Monday, October 11, 2004
02h48. Oi Narizinho (caso você venha me visitar aqui de novo), tentei deixar um olá no seu blog (gostei dos passarinhos :-D) mas deu erro no sistema... sobre o filme, Paixão Eterna, acho que não foi mesmo lançado em DVD (dei uma checada e não achei também), mas continuo pensando daquela forma que escrevi em março... que se não encontrarmos, não descobrirmos, nossa missão, nossos "porquês", levamos uma vida vazia... E sobre mães... oh céus... como são complicadas, não? A história com a minha mãe é longa, daria novelão mexicano. Mas a de quem não é? Obrigada pelos comments :-) 00h58 E se eu... Muito freqüentemente em nossas vidas – a bem da verdade quase que diariamente, nos deparamos com encruzilhadas, bifurcações, testes de múltipla escolha, quando não nos é dada a opção de não optar. Mesmo quando achamos que não fizemos uma escolha, ela foi feita. “Decidir não escolher” nada é além de tomar uma decisão, certo? Nada acontece por acaso. Todas as nossas escolhas geram frutos, doces ou amargos, nos levam a caminhos diversos que vão resultar em novas encruzilhadas, bifurcações, testes, escolhas. Então certo dia, invariavelmente nos pegamos reavaliando as escolhas que fizemos – ou deixamos de fazer – e pensando “e se eu...” E se eu tivesse aceito, agora recentemente, as propostas de emprego da "CLMB"? E se eu tivesse me “enquadrado” no sistema da "WRNR" e não tivesse saído de lá? E se eu tivesse recusado a oferta da "WRNR" – já que fui tão advertida sobre eles e sobre a “megera 2” – e tivesse ficado na "FNDMNT"? E se eu não tivesse mudado para o grupo de cultura e entretenimento e tivesse continuado atendendo os clientes da área de saúde e consumo? E se eu não tivesse aceitado ir trabalhar na "FNDMNT"? E se eu me tornasse espírita como minha família paterna? E se eu não tivesse me deixado engordar tanto? E se eu tivesse tido filhos? E se eu fosse uma amiga melhor? E se eu tivesse sido uma namorada melhor para os caras legais que gostaram de mim? E se eu tivesse investido mais na minha história com o (publicitário americano) Alex? E se eu tivesse aceitado o pedido de casamento do Marcelo? E se eu tivesse aceito o amor do Murilo da forma que ele podia/sabia me dar e me arriscado mais para ficar com ele? E se eu não tivesse deixado o Rodrigo se casar quando ele disse que só estava casando com outra porque achava que eu nunca poderia ser o tipo de esposa que ele precisava? E se eu tivesse aprendido a tocar bateria? E se eu tivesse ido embora do Brasil todas as vezes que pensei em chutar o pau da barraca e ir? E se eu tivesse corrido atrás da proposta que a "GLB" me fez – miserável, diga-se de passagem – e me mudado para o Rio de Janeiro para trabalhar lá? E se eu tivesse aceitado me mudar para o Canadá com (aquele belga lindo) Frédèric? E se eu tivesse sido mais mansa, menos 8 ou 80, e tivesse aceitado as humilhações – como milhares de pessoas fazem em seus empregos diariamente – e não tivesse saído da "RF"? E se eu não tivesse aceitado voltar para a "RF" depois da vez que eles me demitiram? E se eu tivesse ouvidos meus instintos depois que falei com a “megera 1” por telefone pela primeira vez e nunca tivesse ido trabalhar na "RF"? E se eu não tivesse “pulado fora de um barco afundando” e permanecido ao lado do Reinaldo? E se eu tivesse continuado assessorando pilotos de corrida? E se eu nunca tivesse trabalhado na "CRNT". ou então não saído de lá? E se eu não tivesse feito aquela pós-gradução – coisa mais inútil – em gerenciamento de marketing? E se eu tivesse aceito as propostas da "ABS" ou da "FLCH" e continuasse trabalhando com produção depois da Ópera Aída? E se eu nunca tivesse me metido naquela gigantesca bomba que foi a Ópera Aída? E se eu tivesse feito Medicina, como 95% da família materna? E se eu não tivesse desistido de escrever e corresse atrás dos meus planos da época da faculdade, de ser crítica de cinema e/ou correspondente internacional? E se eu nunca tivesse trabalhado no "JB" ou então não saído de lá? E se eu tivesse feito faculdade de História, só por fazer? E se eu nunca tivesse estudado outros idiomas? Que diferença teria feito no fim das contas? E se eu tivesse insistido em trabalhar com produção de novelas no SBT? Bom, elas acabaram, não havia muito que eu pudesse fazer diferente do que fiz... E se eu nunca tivesse estudado Teatro / Interpretação ou qualquer outra forma de arte ou expressão corporal? E se eu tivesse me recusado a estudar violão e exigisse meu piano – vendido às escondidas – de volta? E se eu tivesse seguido meus sonhos de infância e tivesse me tornado atriz, estilista ou pianista? E se eu tivesse feito a faculdade de Direito S. Francisco em vez de Jornalismo na Cásper? E se eu tivesse feito cursinho? E se eu tivesse feito Desenho Industrial (para o que eu me preparei em três anos de “exatas” no colegial) ou Engenharia Genética (que eu queria demais fazer mas não existia no Brasil naquela época)? E se eu não tivesse insistido tanto com meus pais para nos mudarmos da vila? E se eu não tivesse perdido – e reencontrado, e perdido e reencontrado novamente, tantas e tantas vezes – o Reinaldo depois do colegial? E se eu tivesse ido com a turma na viagem aos EUA para a formatura de ginásio? E se eu não tivesse me perdido do Marcus depois do ginásio? E se eu tivesse entrado para um convento como queriam as irmãs (freiras) Elizabeth (escola) e Mônica (hospital)? E se eu nunca tivesse ido para o Anglo, se tivesse continuado no Cabrini? E se eu não tivesse me perdido do Rogério depois do primário? E se eu tivesse brigado / esperneado / xingado / chorado / lutado mais para que meus pais me trouxessem a Domênica (minha gata) de volta? Ou se nunca tivesse deixado que eles levassem a Kika (minha cachorrinha) e todos bichinhos que levaram embora? Não me perdôo por não saber que fim levaram... E se eu tivesse sido uma irmã mais velha mais amiga e menos malvada? E se eu tivesse sido uma filha / neta / sobrinha / prima melhor? E se eu me chamasse Samantha ou Maria (de Fátima, de Lourdes ou Aparecida) com pensaram antes meus pais? E se eu tivesse morrido daquela infecção grave que tive quando bebê, como os médicos acreditaram por três vezes que eu ia morrer? E se eu tivesse nascido no dia previsto, 25 de abril, e não no que nasci, 23? E se eu nunca tivesse nascido??? |