Rowan De Raven

Friday, May 06, 2005
 
01h49. E a "rainha das roubadas" pensou melhor e decidiu não se arriscar mais uma vez... aliás, nem precisei pensar muito, meu sistema de defesa, de auto-preservação, foi reativado e já está funcionando com força total. Aquele muro que eu levei anos construindo, e que havia considerado derrubar, voltou a subir. Firme e forte! Ontem eu fui dormir pensando em me deixar levar, me apaixonar, hoje acordei assustada, com uma luzinha vermelha piscando no meu cérebro, me sentindo patética por querer entrar em outra situação complicada. Por isso, estou dando ré. Hoje não vou responder o e-mail dele, talvez deixe passar o fim de semana e só volte a responder na semana que vem. Também, o que ele poderia esperar de mim, de alguém que não conhece e que vive em outro hemisfério? Eu sinto que ele está hesitante também, avança um pouco em alguns dias, recua um pouco nos dias seguintes aos que avançou demais. Essa "dança" seria interessante se houvesse alguma possibilidade de se chegar a algum lugar, mas não há. E com 34 anos, nem tempo pra perder eu tenho mais. Se for pra ter alguém, tem que ser aqui e agora. Não vou escrever mais, ler e-mails, nem vou checar meu orkut pra não cair em tentação, vou desligar o computer e ir pro quarto, começar algum dos livros que estão encalhados na minha estante. That's it! Vai ser melhor assim, não vai?!


Thursday, May 05, 2005
 
02h53. Só um post curto antes de ir dormir... nos dois últimos e-mails que meu novo italiano (no names, not yet!) me mandou, ele contou coisas muito pessoais, e perguntou coisas pessoais também. Até poderia comentar aqui porque ainda que ele soubesse da existência do blog, não leria português, mas não vou fazer isso. Só quero, então, falar do que eu estou sentindo. Fiquei perturbada, e não exatamente no mal sentido, por ele ter se aberto tanto comigo - alguém que mal conhece e há pouco mais de um mês! - mas fiquei feliz, acho; embora não queira que mais uma história aconteça depressa demais. Não creio que vá ter coragem de cortar essa nova situação pela raíz, também cheguei a conclusão que nem quero cortar, quero ver no que vai dar. Em nada, provavelmente. Temos um oceano entre nós (e todas as implicações que a distância traz). Mas é tão estranha a sensação, crescente, de que nos conhecemos há muito tempo. Eu não confio em quase ninguém, muito menos em homem, e sinto que posso confiar nele. E é tão fácil concordar com tudo que ele pensa e diz, nada vai contra ao que eu penso e digo também. Ah, sei lá, estou me perdendo em devaneios, isso sim. Se ao menos não houvesse a distância geográfica... Mas o que fazer quando bem na semana em que eu decidí que quero ter alguém, talvez até uma família, para não envelhecer sozinha e coisa e tal, um cara me diz (sem que eu tenha falado nada disso pra ele!) exatamente a mesma coisa?! A gente não costuma ouvir isso de homem, não! Preciso me cuidar, esse homem está começando a não me sair da cabeça, não devo deixar que chegue ao coração, né? Só de fuso horário, temos quantas, 5 horas de diferença?!


Tuesday, May 03, 2005
 
P.S.: a Dani partiu para a França hoje (segunda-feira, dia 2 de maio); o Paul e ela vão fazer o Caminho de Santiago. Dan, se em algum momento você conseguir se conectar e ver essa mensagem, lembre-se que estou torcendo muito por você!!! :)


 
00h33. Here I am, a "rainha das roubadas" prestes a entrar em mais uma! Sem muitos detalhes, conheci um italiano (é, um original, que mora em Monza) pela Internet, artista plástico, fotógrafo, superinteressante! Começamos a trocar e-mails de trabalho (ele trabalha com animação, eu já trabalhei, temos até conhecidos em comum) e depois os e-mails - em menos de um mês - passaram do profissional para o pessoal; trocamos fotografias etc., e agora eu me dei conta que espero pelos e-mails diários dele, fico com medo de checar a caixa postal e não ter nenhum, o que ainda não aconteceu, e depois do alívio de ver que ele escreveu, fico com medo de abrir os e-mails e ler algo que me desagrade - ele acabar confessando que tem alguém, por exemplo. Acabei de ler o que ele me escreveu hoje, disse (entre outras coisas fofas) que sente cada vez mais que temos uma forte ligação... ahhhhh, o pior é que ele tem mesmo muito a ver comigo! Apesar (ou exatamente por isso?) de ser outro escorpiano. Quando eu era criança achava que só iria me casar com um europeu - italiano de preferência. Será que isso ficou tão enraizado na minha cabeça que eu acabei acreditando ou será que era pra ser verdade por isso eu já sabia?

Não acredito em long distance romances, não sonho mais em me mudar para a Europa - pelo menos não tão cedo. O que eu faço? Corto agora, enquanto ainda dá tempo para uma cura rápida, ou vou dando corda pra ver no que vai dar?

Perguntas demais, não gosto de perguntas!


Sunday, May 01, 2005
 
02h51. Acabei de chegar em casa, fui com Ná, Dani, Nê e Seiji num barzinho legal (Café Folclore) comemorar o níver de um tal de Márcio, amigo do Daniel... uma Amarula com Morango e dois Mamelengos (Irish Cream, Amaretto, Curaçao, Leite e um troço suspeito chamado Kaylúa ou Kahlúa) depois, here I am, at home... como eu contei pra Ná, estou começando a me preocupar com meu futuro, com a possibilidade de envelhecer sozinha (ok, pode ser porque ela e a Nê estão grávidas, estou me sentindo meio "fora do clube"). Tantos anos lutando para não me apegar a ninguém, para não sofrer, estou chegando a conclusão que talvez eu PRECISE me apegar alguém, preciso sofrer se tiver que ser assim, preciso ter alguém. Mas, também, oito anos e muita decepção depois, não tenho como negar (ok, até disse aqui que tinha acabado) que ainda sou apaixonada pelo Murilo... shit... é como se ele estivesse em toda a parte (well, de certa forma está), como se eu o visse em todos os cantos, como se cada telefonema fosse o dele... que big shit!!! Fique com quem eu ficar - se é que haverá alguém - acho que ele sempre vai ser o grande amor da minha vida. Hoje estou usando a aliança que ele me deu, vou dormir com ela... e tenho saudades (MUITAS!) dos filhos que quase tivemos, e que agora nunca teremos...

Estou meio bêbada, não devo escrever mais... au revoir!