Rowan De Raven

Thursday, May 12, 2005
 
02h27. E lá vamos nós novamente... andei pensando (é uma porcaria ter tempo demais para pensar!), quem me garante que tudo que M me escreve é verdade? Pode ser tudo mentira, não pode? Ele pode estar me contando fatos que aconteceram a outras pessoas como se tivessem acontecido com ele, pode estar me falando de sentimentos inventados... claro que enganar uma mulher à milhares de quilômetros de distância não é muito vantajoso, mas vai saber... Nada parece mentira, não estou dizendo isso, tento pegar contradições e não consigo. Mas também, sempre temos que considerar a nossa grande capacidade de enxergar o que não está lá, de entender como acharmos melhor, de fantasiar, exagerar. Ou seja, mais um dia em que decidi andar pra trás, não vou responder o e-mail dele. Dessa vez ele disse que acha que talvez nós já tenhamos nos encontrado em outra(s) vida(s) porque não consegue achar explicação melhor para o sentimento de familiaridade que tem por mim. Eu sinto a mesma coisa. Mas não é tão já que ele vai saber disso. Talvez eu leve até mais tempo que um ou dois dias para voltar a escrever, esses e-mails diários estão me angustiando, me desnorteando. E, no mais, está na hora dele sentir um pouco a minha falta, não? Homens, humpf!

Também, depois de dois dias de reforma intensa aqui em casa (leia-se pó, pó e mais pó), estou num mau humor do cão! Vou tentar ler algo bonito antes de dormir...


Wednesday, May 11, 2005
 
01h39. O que eu ia mesmo escrever aqui? Ah, nada demais, mais alguns pensamentos e devaneios... meu novo M... desde que começamos a nos escrever, não se passou um dia sem mensagens. Vou ficar mal acostumada! Isso é ruim, não quero sentir saudades dele quando não me escrever, muito menos ficar pensando "onde andará?". Hoje pensei no meu gravíssimo medo de compromisso. Claro que eu tenho, alguma dúvida? O próprio fato d'eu estar considerando me apaixonar por outro homem que mora longe pacas já é prova mais que suficiente disso. O que será o medo de compromisso, medo de se machucar? Mas a gente se machuca de qualquer jeito, mesmo ficando sozinha... não sei, não sei. Sobre o meu novo italiano, já percebi que ele dança conforme a minha musica, quando eu escrevo algo mais pessoal, ele responde no mesmo tom, quando eu dou uma recuada, ele também recua. Mas como eu vou evitar de gostar de um homem que quer cozinhar pra mim, gosta de filmes antigos e assina os e-mails com expressões tipo "Ti abbraccio forte" e "Tuo M"?! Tô ferrada... aliás, eu nasci ferrada, agora só estou assinando embaixo!


Sunday, May 08, 2005
 
03h13. Que bom que nos é permitido mudar de idéia, não é mesmo? E depois mudar de novo, voltar às idéias anteriores, e continuar assim até dar um nó bem dado no cérebro! Sinceramente? Não sei mais o que pensar ou fazer em relação a esse italiano, não sei. Ele não é lindo de morrer, não é problemático, não é infantil, ou seja, não é o tipo de homem por quem eu costumo me apaixonar. Será que eu sei lidar com "homens normais"? Bom, temos que considerar a distância geográfica, claro, o que o torna tudo um pouco mais dentro dos meus padrões de comportamento. Ah, sim, e o nome dele começa com M. Se não começasse com M ou R, também não poderia entrar na minha lista, non è vero?!

Não achei que ele ia me escrever mais nesse fim de semana, eu fui meio seca na última resposta. Mas me mandou um e-mail assim todo bonitinho, docinho... não é bobagem melosa como escreve o Marco Antonio, nem os delírios do Florian, meu novo M escreve coisas normais, fala da rotina, das pessoas com quem convive, de coisinhas legais que acontecem, e no meio de tudo diz coisas que me fazem felizinha... não quero entrar em detalhes, ainda é tudo muito novo e muito pessoal. Como disse um pensador (Sêneca?) "só sei que nada sei". Acho que ia ser algum tipo de sacrilégio cortar esse homem da minha vida agora, antes de saber a que ele veio. Então, ao menos enquanto estiver me fazendo bem, vou deixar ele ficar. E seja o que Deus quiser!

Ah, sim, Feliz Dia das Mães, mães!!!