Rowan De Raven |
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Thursday, July 21, 2005
00h54. Estou me sentindo mais vulnerável neste exato momento da minha vida do que em qualquer outro antes – que eu me lembre – até mesmo do que na adolescência. Adolescentes têm esperança. Eu tinha. Sempre fui dada a viver de esperanças, the best is yet to come, AMANHÃ SEREI FELIZ, síndrome de Annie: "tomorrow, tomorrow, I’ll love you tomorrow, you’re only a day away". O problema é que "amanhã" nunca chega, porque o "amanhã" não existe. Se nem o "hoje" é real, como o "amanhã" poderia ser?! Tudo ilusão. Então, me sinto vulnerável e influenciável. Estou num momento em que consigo entender atos radicais como abraçar causas impossíveis, lutar batalhas já perdidas, ser um "homem-bomba" por exemplo (não digo que concordo, mas compreendo), ou entrar para uma seita maluca e tomar parte num suicídio coletivo. É tão mais fácil tomar veneno se outra pessoa está tomando também! E foi exatamente o excesso de esperança, que me nutriu a vida inteira, que me trouxe até esse ponto. Esperança demais, além da conta, além do normal, enlouquece. Agora é como se a fonte tivesse secado, fiquei assim vazia, "hopeless"... e meio louca. "Oh simple thing where have you gone? I’m getting old and I need something to rely on. So tell me when you’re gonna let me in, I’m getting tired and I need somewhere to begin"... I’m only 34... and guess what? I’m dead already! Monday, July 18, 2005
03h21. Salut! Outro dia eu respondi e-mails em inglês, italiano e francês, de repente fui brincar com as cachorras e me dei conta que estava achando esquisito falar português, não estava nem pensando em português... e nem tinha bebido nada ainda... fazia tempo que isso não me acontecia, desde a época em que fazia aulas de espanhol, russo e inglês aos sábados e embananava tudo depois :-))) Não, não, não! Nem estou de bom humor, foi só uma lembrança de tempos felizes, estou so-so. Continuo deprê, e sentindo que não tenho o direito de ficar assim, o que me deixa ainda mais deprê... Hoje teve um churrasco de família (uma prima queria convidar meus pais para padrinhos de casamento), eu não fui. Pretendo não ir às reuniões de família por um tempo. Uma vez eu vi uma frase que dizia algo tipo "de que adianta falar vários idiomas se não há ninguém no mundo com quem você queira conversar?", estou assim. Até tenho algumas boas pessoas com quem gostaria de conversar, mas nenhuma vive na mesma cidade que eu, a maioria está é no velho continente... Por isso tenho aproveitado cada mínima chance para ficar sozinha, quanto menos eu falar, melhor... Continuo me sentindo (e me comportando) fora da realidade, continuo pintando as unhas de cores fortes (estou usando um vermelho-tomate hoje, pela primeira vez na vida), pensando em qual loucura fazer com o cabelo, em qual ordem religiosa eu me enquadraria melhor (carmelitas nem pensar!), continuo dando corda para meu M (o italiano, ainda não me sinto a vontade de escrever o nome dele aqui), continuo enrolando o Florian (que ainda acha boa idéia vir ao Brasil, mon Dieu de la France!), tenho trocado e-mails com outro francês aparentemente interessante (este eu vou chamar de JP), e falado com o Marco Antonio por telefone (ele me liga, fazer o quê?! Tenho pena...) sei lá, acho que não quero nada com nada, isso sim... Voltando a falar em bebidas, meu absinto está acabando, é tão caro... tenho me contentado com a boa e velha vodca e Johnnie Walker Black Label. Sei que deveria ficar num vinhozinho, mas precisaria de garrafas inteiras pra me tirar do ar, como eu preciso estar. Sempre. É tarde, não quero dormir, tenho sonhado demais com pessoas que me desagradam (gente do passado, coisas de trabalho, acho que é encanação com din-din), queria que existisse um remédio pra fazer a gente dormir sem sonhar. Depois que a minha irmã sonhou que a vó foi embora (longa história), não sonhei mais com ela, acho que agora ela se foi mesmo. Estranho, ainda não sinto isso, pra mim ela está em algum lugar por aqui, na casa dela, na clínica, em algum lugar real... saudades... Bom, vou sair da net agora, acho que vou ler, não quero domir. E preciso acabar o livro hoje, amanhã chegam mais dois que encomendei. Enquanto eu tiver livros (mais ainda do que filmes e música), acho que sobrevivo. Fecho o post de hoje num idioma totalmente diferente, elvish (élfico): Uuma ma'ten'rashwe, ta tuluva a'lle. Tenna' ento lye omenta, quel du, quel esta! (eh eh eh traduzindo: não procure problemas, eles virão até você. Até que nos encontremos novamente, boa noite, descanse bem!). |