Rowan De Raven

Friday, February 20, 2009
 
11h05... estou me sentindo tão traída, traída na minha fé em Deus (eu implorei e prometi tanto!), traída na minha fé nas pessoas... 40 dias exatos e quase 4 mil foram suficientes para matar uma gatinha que, pensando agora, estava bem e feliz! Confiava cegamente nesse veterinário, agora não consigo mais. Não confio mais cegamente nem em mim mesma, na minha (in)capacidade de tomar decisões... sei lá se isso é um dos tais períodos do luto mas estou muito, muito revoltada esses dias! É tudo tão injusto!!! Essa droga de erva-de-são-joão que comecei a tomar precisa fazer algum efeito logo!

E ficar em casa quatro dias (m*** de carnaval) não vai me ajudar em nada... preciso reabastecer meu bar, não estou suportando ficar em casa sóbria!


Thursday, February 19, 2009
 
14h49... dizem, um poeta disse - Mário Quintana, talvez - que "poderia ter sido" são as mais tristes palavras... discordo. "Adeus" e "nunca mais" são infinitamente mais dolorosas...

Eu sempre reclamo muito - it's my nature - mas eu sempre, SEMPRE fui imensamente grata à vida, a Deus, pelos meus filhinhos. E quanto mais gorda-velha-feia-pobre eu fico, fato, mais grata pela presença luminosa deles na minha vida. Então, não entendo porque mais um deles foi tirado de mim ainda tão cedo... punição? Por amá-los tanto? Será errado? Será que nem esse direito eu tenho? Já abdiquei de todo o resto que se costuma esperar da vida (amor, beleza, sucesso), que o Universo não me faça abdicar dessa alegria por favor, por favor, POR FAVOR!

Tenho pedido muito para ver a Nina como vi o Lew depois que ele morreu... ouvi ela miar duas ou três vezes... é pouco, é pouco! Desculpa, Deus, pela descrença, mas eu preciso mais! Se já tirou ela de mim, não pode me permitir vê-la pra eu saber que ela ainda existe de alguma forma, em algum lugar? POR FAVOR...

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Wednesday, February 18, 2009
 


15h53... eu me sinto assim, como uma casa grande e velha, perdida no tempo, opressivamente silenciosa, cheia de quinquilharias e memórias amareladas... pathetic!



Tuesday, February 17, 2009
 
11h44... com medo de continuar vivendo... dizem que os verdadeiros suicidas não anunciam mas eu, particularmente, acho que existem dois tipos: aqueles com impulsos natos - que querem morrer simplesmente porque algo dentro deles só deseja isso - e tentam, tentam, tentam até que conseguem, e os que vão se cansando da vida. As eventuais grandes perdas se unem às pequenas dores cotidianas, às frustrações, desencantos, desesperança. A vida tem que ter equilíbrio. Eu posso continuar vivendo enquanto esqueço - finjo ignorar - o que vem pela frente - as perdas, só perdas - mas quando algo me faz lembrar, lembrar da dor, do vazio... então vem o medo. E com medo não se vive. Nem se quer viver. Eu estou MESMO com MUITO medo de continuar vivendo.

E hoje faz 15 dias que a Nina morreu... a falta de ar ainda não passou, como se eu estivesse segurando a respiração até descobrir que tudo não passou de um pesadelo...